Thursday, May 31, 2007
Tuesday, May 29, 2007
deadline
A verdade é um copo de água.
A verdade é um quarto de hotel vazio às escuras.
A verdade é uma mala na passadeira rolante do aeroporto.
A verdade é um projecto que nunca vai ser projectado.
A verdade é um projector que nunca vamos comprar porque é demasiado caro.
A verdade é que há um deadline que nunca vamos cumprir.
Apesar de todas as coisas bonitas que me acontecem, continuam a ferir-me com a verdade. Cravo os dedos com muita força na minha própria carne na esperança de que a dor me faça esquecer esta agonia emocional em que enterro a cabeça. Por deus, que agonia emocional? Quem quero eu enganar que não a mim mesmo? Esperança, digo eu? Sei lá o que isso é. Esgotei-me na dor física e a dor física esgotou-me muito antes de saber da esperança o suficiente sem falar dela com palavras ocas. A verdade é uma palavra oca, uma estátua derrubada, um e-mail que nunca recebi porque nunca mo enviaram.
O que vale é que continuam a haver coisas bonitas. Remédios. Leite com chocolate ao pequeno almoço. Pequeno almoço. Almofadas. E cabanas na praia.
A verdade é um quarto de hotel vazio às escuras.
A verdade é uma mala na passadeira rolante do aeroporto.
A verdade é um projecto que nunca vai ser projectado.
A verdade é um projector que nunca vamos comprar porque é demasiado caro.
A verdade é que há um deadline que nunca vamos cumprir.
Apesar de todas as coisas bonitas que me acontecem, continuam a ferir-me com a verdade. Cravo os dedos com muita força na minha própria carne na esperança de que a dor me faça esquecer esta agonia emocional em que enterro a cabeça. Por deus, que agonia emocional? Quem quero eu enganar que não a mim mesmo? Esperança, digo eu? Sei lá o que isso é. Esgotei-me na dor física e a dor física esgotou-me muito antes de saber da esperança o suficiente sem falar dela com palavras ocas. A verdade é uma palavra oca, uma estátua derrubada, um e-mail que nunca recebi porque nunca mo enviaram.
O que vale é que continuam a haver coisas bonitas. Remédios. Leite com chocolate ao pequeno almoço. Pequeno almoço. Almofadas. E cabanas na praia.
Monday, May 28, 2007
Funerária Moreno&Silva
Ontem descobri finalmente o negócio que me vai deixar rico: uma agência funerária.
Já tenho sócio, nome e assinatura:
FUNERÁRIA MORENO&SILVA
Enterramo-lo todo!
Já tenho sócio, nome e assinatura:
FUNERÁRIA MORENO&SILVA
Enterramo-lo todo!
Friday, May 25, 2007
O dia mais feliz.
O dia em que te sentiste frio por dentro.
O dia em que tudo deixou de fazer sentido.
O teu poeta preferido. Queres deixar alguma marca no mundo?
Quando quiseste beijar uma pessoa que não conhecias.
O dia em que te taparam todas as saídas.
O teu primeiro beijo.
O primeiro poema de amor.
Instantâneos da Morte começa com um improviso que é uma declaração mentirosa de quem somos, onde estamos, a fazer o que e com quem. E termina com uma resposta verdadeira que é o vir ao de cima de alguma memória. Em cada espectáculo recebemos um papel com uma frase como as de cima. No final do espectáculo lemos a frase e contamos as nossas memórias ao público.
Termina amanhã. Esgotado há já algum tempo.
Vai deixar saudades.
O dia em que te sentiste frio por dentro.
O dia em que tudo deixou de fazer sentido.
O teu poeta preferido. Queres deixar alguma marca no mundo?
Quando quiseste beijar uma pessoa que não conhecias.
O dia em que te taparam todas as saídas.
O teu primeiro beijo.
O primeiro poema de amor.
Instantâneos da Morte começa com um improviso que é uma declaração mentirosa de quem somos, onde estamos, a fazer o que e com quem. E termina com uma resposta verdadeira que é o vir ao de cima de alguma memória. Em cada espectáculo recebemos um papel com uma frase como as de cima. No final do espectáculo lemos a frase e contamos as nossas memórias ao público.
Termina amanhã. Esgotado há já algum tempo.
Vai deixar saudades.
Monday, May 21, 2007
Não posso deixar de partilhar
"É um risco de uma coragem admirável um actor expor-se interiormente com tanta intensidade. E por isso, também por isso, Instantâneos da Morte ultrapassou em muito as barreiras invisíveis do teatro.
«Apesar de tudo o enterro foi bonito». Eles contam, não se arrependem, não confessam que o fizeram. O texto é irrepetível. Em última análise, estão vivos."
Vale a pena ler tudo aqui.
Thursday, May 17, 2007
Wednesday, May 16, 2007
FATAL e o que realmente é importante
A Sónia disse no ensaio técnico do FATAL:
- Zé, só hoje me apercebi das saudades que vou ter quando este espectáculo acabar.
Ao que a Joana (a encenadora) respondeu:
- Até que enfim!
Depois dançámos. E vamos estar a dançar nos próximos dias
17, 18, 19, 24, 25 e 26 às 22 horas no Hospital Júlio de Matos.
O resto é morrer.
- Zé, só hoje me apercebi das saudades que vou ter quando este espectáculo acabar.
Ao que a Joana (a encenadora) respondeu:
- Até que enfim!
Depois dançámos. E vamos estar a dançar nos próximos dias
17, 18, 19, 24, 25 e 26 às 22 horas no Hospital Júlio de Matos.
O resto é morrer.
Tuesday, May 08, 2007
momentos quentinhos e poéticos
O ensaio de ontem (para o espectáculo Instantâneos da Morte) foi "quentinho". Daqueles que duram mais tempo que o previsto e apetece continuar lá, a ouvir o Diogo, o Kiko, a Catarina e até eu a contar a história do primeiro beijo. A ouvir a carta que escreveram ao Tiago. A desenhar.
O Tiago atirava-se para morrer no Rio de Janeiro com o Há-que-dizê-lo, em fila na horizontal claro, e o Cristo Rei por trás. Não foi bem assim mas foi assim que eu vi e foi assim que foi poético.
Eu atirava-me para morrer num cemitério onde os mortos à noite faziam uma festa. Lá estavam enterrados os meus animais de estimação todos, o Há-que-dizê-lo mais suplementos, os meus amigos, mesmo aqueles que de certa forma já não o são, a minha família e, ao meu lado, o amor da minha vida.
Poético é também Scott Matthew que não me canso de ouvir.
O Tiago atirava-se para morrer no Rio de Janeiro com o Há-que-dizê-lo, em fila na horizontal claro, e o Cristo Rei por trás. Não foi bem assim mas foi assim que eu vi e foi assim que foi poético.
Eu atirava-me para morrer num cemitério onde os mortos à noite faziam uma festa. Lá estavam enterrados os meus animais de estimação todos, o Há-que-dizê-lo mais suplementos, os meus amigos, mesmo aqueles que de certa forma já não o são, a minha família e, ao meu lado, o amor da minha vida.
Poético é também Scott Matthew que não me canso de ouvir.
Monday, May 07, 2007
The mood i'm not in today
"I dont care if the world is upside down, if you're lost or i'm found"
Upside Down, Scott Matthew
(from Shortbus OST)
(from Shortbus OST)
Thursday, May 03, 2007
Instantâneos da Morte - estreou ontem
Prometo que depois vos digo onde poderão ver o espectáculo. Ontem e hoje é uma coisa à parte.
"O que é que levas na barriga, infanticida do caralho?"
"O que é que levas na barriga, infanticida do caralho?"
Lip Dub - Flagpole Sitta by Harvey Danger
Lip Dub - Flagpole Sitta by Harvey Danger from amandalynferri
Vi isto no blog da maria (sei lá eu quem é a maria)e achei tao fixe que aqui está ele!
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