Tuesday, December 25, 2007

A Pim



Esta é a Pim. A Pim tem uma porrada de anos. Desde há uns 5 natais que  a Pim vem à baila como tema da conversa "este é o ultimo natal da pimzinha, coitadinha, já não aguenta até o ano que vem". A Pim já há muitos anos que não vê nem ouve. Este ano o único comentário acerca da Pim foi mais correcto que os anteriores.

" A Pim morreu e esqueceram-se de a avisar."

Também se fala em abater a Pim, que anda a mijar a casa toda. Mas depois, quando eu ou o meu irmão vimos a casa, a Pim dá por nós (deve ser pelo cheiro, só pode) e, surpreendente, ganha vida. Natal que vem logo veremos.

Friday, December 21, 2007

Going home for christmas

Tive sempre inveja das pessoas que na época de Natal voltam a casa. Porque eu sempre estive em casa, fosse ou não fosse Natal. Nunca estudei ou vivi fora. Por isso, punha-me sempre a imaginar o quão fixe deve ser "voltar a casa" pelo Natal. Rever a família, os amigos, a comida da mãe, a casa, os sitios da infância...

Estranhamente, e apesar de ainda não ter saído de casa, é o que sinto que vai acontecer amanhã. O "voltar a casa" pelo Natal. Para pode encerrar mais um capítulo da vida, ou mais exactamente, preparar o inicio de outro.

Tuesday, December 18, 2007

Está aberta a época natalícia



Dou um belo dum abraço ao Pai Natal e à Rena, que este ano trouxeram o presente mais cedo. Tem cerca de 100m2, uma sala muy grande e um quintal jeitosão onde vai nascer a nova floresta amazónica. Obrigado Pai Natal, vou continuar a portar-me bem.

PS: já agora, dia 25 traz-me um forno e paga me a instalação do gás.

Saturday, December 15, 2007

Fantástico

Nesta época natalícia, as visitas a este blog disparam em flecha, tal Toys'R'Us, Fnac e Bershka. Tudo graças a pesquisas como:

1) música + rena

2) porno christmas (google number one!)

Há épocas fantásticas, não há?

Thursday, December 13, 2007

Wednesday, December 12, 2007

Wednesday, December 05, 2007

o video que me arranca lágrimas de riso logo pela manhã



é que nem há palavras, como dizia Jana no seu blog!

ó rama ó que linda rama? Porque? LINDO!

Monday, December 03, 2007

Carta de um Contratado, por António Jacinto*

Eu queria escrever-te uma carta
amor,
uma carta que dissesse
deste anseio
de te ver
deste receio
de te perder
deste mais bem querer que sinto
deste mal indefinido que me persegue
desta saudade a que vivo todo entregue...

Eu queria escrever-te uma carta
amor,
uma carta de confidências íntimas,
uma carta de lembranças de ti,
de ti
dos teus lábios vermelhos como tacula
dos teus cabelos negros como dilôa
dos teus olhos doces como maboque
do teu andar de onça
e dos teus carinhos
que maiores não encontrei por aí...

Eu queria escrever-te uma carta
amor,
que recordasse nossos tempos na capopa
nossas noites perdidas no capim
que recordasse a sombra que nos caía dos jambos
o luar que se coava das palmeiras sem fim
que recordasse a loucura
da nossa paixão
e a amargura da nossa separação...

Eu queria escrever-te uma carta
amor,
que a não lesses sem suspirar
que a escoindesses de papai Bombo
que a sonegasses a mamãe Kieza
que a relesses sem a frieza
do esquecimento
uma carta que em todo o Kilombo
outra a ela não tivesse merecimento...

Eu queria escrever-te uma carta
amor,
uma carta que ta levasse o vento que passa
uma carta que os cajús e cafeeiros
que as hienas e palancas
que os jacarés e bagres
pudessem entender
para que o vento a perdesse no caminho
os bichos e plantas
compadecidos de nosso pungente sofrer
de canto em canto
de lamento em lamento
de farfalhar em farfalhar
te levassem puras e quentes
as palavras ardentes
as palavras magoadas da minha carta
que eu queria escrever-te amor....

Eu queria escrever-te uma carta...

Mas ah meu amor, eu não sei compreender
por que é, por que é, por que é, meu bem
que tu não sabes ler
e eu - Oh! Desespero! - não sei escrever também.


* pérolas da poesia angolana que o kalaf nos dá a conhecer. E digam lá que não é belo!

Thursday, November 29, 2007

"Mãe, ainda agora parti e já me perdi"

Para mim, foi sobre correr atrás dos comboios e sobre chegar, mais do que sobre partir.



"Carta-Oceano, a partir da vida e obra do poeta Blaise Cendrars, é um manifesto, de quem parte e de quem não vai a lado nenhum. É uma celebração da viagem e do estar à espera, do tempo que passou, das cartas que não chegam no mundo que se tornou espesso demais para transitar. É um épico-político.

Muitos rascunhos após o primeiro, falamos de Carta-Oceano como um país-percurso cheio de acidentes, paragens e terminais. Uma zona de perguntas e de possibilidades. De afirmações contraditórias. De uma exposição mascarada pela ironia e pela perplexidade que sentimos por habitarmos os lugares que habitamos."



EM CENA ATÉ SÁBADO! no pavilhão 27 do Hospital Júlio de Matos, às 22h. reservas: 918 388 878

Wednesday, November 28, 2007

tempos de orgulho


Não considero a campanha da Tagus do "Orgulho Hetero" (entretanto já reformulada) muito feliz. Mas também não sei até que ponto é legítimo contestá-la. Vendo o video em baixo pergunto: porque é que um pode e o outro não pode?

Wednesday, November 21, 2007

repararam?

Repararam naquela coisa aqui ao lado que diz Super Blog? Repararam em como eu coloquei aquilo num local de grande visibilidade do meu blog? Repararam em como contrasta com o fundo? Repararam no facto de eu, a partir de agora, começar a beber sempre Super Bock? Repararam no facto de começar a falar muito mal de outras cervejas nos meus posts? Repararam que eu quero mesmo mesmo mesmo ganhar aquele prémio? Repararam que vou começar a tratar muito bem os meus visitantes? Repararam na ironia?

Tuesday, November 20, 2007

vamos

Vamos escrever qualquer coisa. Que tal o dia de hoje? Muito vago? A noite de hoje? O andar em Lisboa quando o frio ainda não gela. Fazer dos Restauradores a Santa Apolónia a pé: pena a viagem ser tão curta. Com Arcade Fire no ouvido e um acidente que deita uma mota no chão e o rapaz estendido. E o suspense: alguém sobrevive sem uma perna? Pelo menos a mota continua em bom estado.
Escrever sobre o riso de uma pessoa no comboio que parece mesmo a nossa amiga, sobre o vinho entornado sobre as calças e os sapatos, sobre as obras, sobre o roubo da garrafa de gin vazia, sobre o roubo da garrafa cheia, sobre os prémios, sobre, foda-se, quantos comboios é que eu já não apanhei naquela estação? Sobre a vez em que a última carruagem não partiu e era a carruagem onde eu estava. Sobre aquele ser o último comboio. Sobre a fome, sobre as expectativas, sobre a lente de contacto fora do prazo. Sobre prazos. Sobre urgências. Sobre a minha urgência. Sobre a calma. Sobre a Lapa. Sobre o curso de russo.

delicioso

Thursday, November 15, 2007

Wednesday, November 14, 2007

e hoje ainda isto

Julgo que estou condenado a viver a vida por ciclos, numa repetição talvez demasiado monótona. Hoje, lá estava eu a perceber que não consigo sair dali. Tudo bem que as coisas evoluem. Fazemo-nos acompanhar por objectos novos, e aqueles que nos acompanharam antes estão agora a orientar a coisa. E os estranhos que eu olhava há 5 anos atrás, agora sou-os eu. Mas o sufoco de ser a mesma coisa sobe-me à cabeça.

Por estas e por outras é que decidi que vou viver para Paris. E levo comigo quem de bem.

5AM

Tuesday, November 13, 2007

Monday, November 12, 2007

Thursday, November 08, 2007

o sonho

anteontem a sofia sonhou. Eu aparecia, de mochila às costas, olhava para um lado, para o outro, para ela, e ia embora.

A sofia não sabe, mas era mesmo eu.

aquela saudade

ontem bateu aquela saudade. de passar dias inteiros enfiado no estúdio a criar e gravar um programa de São Martinho para passar na rtp2 depois da meia noite. de dar voz às loucuras saudáveis de uma amiga. de passar noites em stress a preparar cenários durante 3 horas e gravar videos em 15 minutos porque um rapaz ia para amesterdão. de ir para a praia ao frio inventar personagens e gravar um genérico de telenovela que passou ao lado do conceito. de arrumar e dasarrumar a sala do grupo de teatro (que é o cubiculo mágico que quase não tem área mas onde cabe o mundo).

em breve, no youtube, no myspace, no há-que-dizê-lo ou neste blog.

Monday, November 05, 2007

Ooh la la



Sexta-feira à noite, a dupla perfeita no karaoke (embora a perfeição não tenha que ser necessariamente no dito karaoke) e esta música com uns "lás" a mais.

Friday, November 02, 2007

about me

são 9.20h de uma sexta-feira em que "fiz ponte", já acordei e estou na cama com o mac aberto e ligado há cerca de uma hora. Só porque sim.

O que é que isto diz de mim? E sobre a humanidade em geral? nada de muito importante, tenho a certeza.

Wednesday, October 31, 2007

charada de 4 dias

A charada é: qual é a coisa, qual é ela, que eu vou fazer neste fim-de-semana, que para mim tem 4 dias, e que está relacionada com os itens em baixo? Para quem adivinhar vai um belo nada por via nenhuma. Bom fim de semana.



o que me mói o juízo

o que me mói não é a injustiça, nem a mortalidade nem a impossibilidade da perfeição. o que me fode não é a criminalidade, nem haver gente com fome, porque assim como assim, e praticamente plagio, ainda há muita gente que come. o que me tira o sono não é a possibilidade do cancro, nem da sida e muito menos o apêndice.

o que me mói o juízo é não poder saber se é verdade ou não que o Paulo Gonzo não tem uma perna.

Friday, October 26, 2007

This one is dedicated...

... to the one I saw at the anti-war demonstration that had the handcuffs.

Monday, October 22, 2007

Not for the sensible ones!

O 1º lugar do meu TopYouTube.

Monday, October 15, 2007

PARA TUDO!





Domingo passado, o programa Família Superstar, da SIC, voltou a juntar as irmãs Adelaide e Mila Ferreira que cantaram a música DAVA TUDO. Pois, eu dava tudo para ver o que vi, ainda bem que a Bárbara Guimarães mo deu de borla.



NOTA: a Bárbara perguntou à Merche Romero, no mesmo programa, algo como: Merche, tu fazes tudo, não fazes? Respostas serão precisas?
NOTA2: esta segunda parte do post é "so-not-me".

Friday, October 12, 2007

as pessoas como elas são*



* quando se esforçam por ser normais

vocês não conhecem pessoas assim? *





* ou brincando nos armazéns do chiado e descobrir
1) como são criados alguns cartoons e
2) que existem mesmo pessoas assim.

Wednesday, October 10, 2007

rubrica: o momento da musica



My stories you have laughed with
my clothes you have torn

Tuesday, October 09, 2007

exciting stuff


This is an exciting post. Até me deu para começar em inglês e tudo, tal é a excitação.

Let's go from the beginning. Este sábado fui comprar o meu macbook. Já andava para o comprar há algum tempo e decidi que deste fim de semana não passava. O problema: esgotado! A solução: procurar bem. E lá fui eu à procura. Encontrei na Vobis do Colombo (porque por sorte um cool sir ouviu me perguntar na Fnac se tinham e veio ter comigo a dizer que tinha acabado de comprar um na Vobis). E lá fui eu à dita loja. Chegando lá, só havia um - o de exposição. Eu quis lá saber, disse que o levava. Mas como não tinha cartão comigo pedi para mo guardarem enquanto ia a casa. Quando já estava em casa ligam-me da dita Vobis a dizer, imaginem só, que ao tirar o mac da prateleira ou lá o que aquilo é, riscaram-no todo!!! Tipo, que anormalidade tão grande! Anyway, disseram-me que talvez houvesse na Worten da Amadora e eu lá fui. Havia também apenas o de exposição e eu disse: ok!

Agora... os senhores e senhora leitores acham que este é um post excitante por contar esta história? Desenganem-se. O excitante é isto: como se trata de um mac em exposição, as pessoas iam lá à Worten e tiravam fotograficas com a camara do mac. E agora o realmente excitante: o funcionário, a meu pedido, claro, não as apagou! São dezenas de fotos parvas, estúpidas mesmo, de gente feia, bimba, parola! E eu vou postá-las! muhahahahahahahahah (this is how exciting it goes)

As fotos serão aqui publicadas algures nos próximos dias.

Wednesday, October 03, 2007

o mito do simples

Há que dizê-lo que aquilo do "vamos fazer simples porque o simples é que é bonito" é uma falsidade. O simples não funciona. As coisas para ser têm que ser tcharan. A questão é saber fazer o tcharan bem feito. De forma a parecer, por exemplo, que é simples.

Monday, October 01, 2007

dreams and goals

foi preciso chegar aos 23 para ter os mesmos sonhos que todos os comuns [o que deve acontecer a muito boa gente]. Mas os outros sonhos continuam cá. E isso é o bonito da coisa, a magia.


Foto tirada debaixo da ponte de Eminonu, em Istambul (no relation with text can be superficially founded, and estou-me a cagar se está bem escrito)

Friday, September 28, 2007

post its

o numero de post its no meu mac reduziu-se significativamente. De 15 para 1.

É como se a minha vida voltasse pra mim.

Wednesday, September 26, 2007

rehab*



olá
o meu nome é Rodolfo e há 4 dias que estou limpo.

*it would be less funny if it wasn't truth.

Friday, September 21, 2007

um grande LoL neste fim de semana



LOOOOOOOOOOOOOOOOOL

Eu juro que não consigo explicar. Mas pronto. Foi o que foi. Era istambul e a felicidade estava no ar porque estava a comer maçaroca de milho cozida (que lá se vendem a cada esquina a uma lira turca o que dá uns 50centimos). Lembro-me que na altura houve uma boa intenção de fazer qualquer coisa com sentido, mas o cameramen não captou o conceito.

hoje de manhã limpei os ouvidos com um destes



E umas horas depois enfiaram me um igual, mas mais comprido, pela narina até à faringe. Não foi bom!

Monday, September 17, 2007

Tema a desenvolver

Há quem tenha complexos de Édipo. E há quem tenha complexos desportivos em Odemira.

Friday, September 14, 2007

working late: danos cerebrais

Começo a perceber aqueles filmes ou telenovelas em que os personagens vivem no drama de trabalhar demasiado e não ter tempo para a família/amigos/vida. É verdade, ando a trabalhar muito. E agora? Como vou resolver as minhas carências afectivas? Tornar-se-ão os meus filhos crianças rebeldes sem noção dos limites e de disciplina social? É pecado gostar do que faço?

Tuesday, September 11, 2007

um post ao 11 de setembro? E porque não?

Eu lembro-me de que estava na cozinha a remexer no frigorifico quando começaram as notícias (de repente lembro-me de que tinha tv na cozinha). Houve em mim um qualquer sentimento de excitação quando de repente tudo aquilo tomava proporções biblicas e apocalipticas. Foi bom, mesmo que por curtos momentos, imaginar-me a viver em plena 3ª Guerra Mundial, ser ma espécie de Anne Frank, ou coisa que o valha . Eu era uma criança, claro (e nunca li o diário da menina). A questão que se coloca é que tenho a certeza que hoje viveria a mesma emoção. Mas eu ainda sou uma criança, claro.

Wednesday, September 05, 2007

sem-tempo-para-postar-mas...

...com-algum-para-ser-um-mete-nojo.



o meu quarto em Goreme/Capadoccia/Turquia

Friday, August 31, 2007

a impossibilidade da verdade*

elas saem da boca como o oxigénio do nariz (e da boca também). mas o ar corroi as palavras como o ferro e elas chegam à outra margem enferrujadas: o interior do local onde se colocam as pilhas num qualquer brinquedo esquecido na nossa infância. por isso a única verdade possível é aquela que só nós sabemos. é aqui que verdade e realidade se distinguem. a realidade são muitas verdades espalhadas por aí. estamos nela mas nunca estaremos em toda ela.

é sabendo isto que não conseguimos acreditar, confiar. é esta a lucidez que nos fode.

*em resposta a isto

Thursday, August 30, 2007

a armadilha

em tempos, não muito longínquos, aprendi a ver a linguagem não-verbal como uma armadilha: uma coisa traiçoeira, que nos deixa dobrados à verdade e à realidade quando dela queremos escapar ou esconder. hoje aprendo a ver a linguagem verbal como uma armadilha também: dá aos outros terreno para nos atacar, para nos distorcer e pôr em causa. Porque é fácil fazê-lo. É fácil dizer que um sim é um não ou que um carro é uma carroça. mas aprendo também que podemos fazer a coisa ao contrário: podemos dizer o que queremos e depois dizer ao outro que ele é que não nos compreende.

easy

Wednesday, August 29, 2007

a musica do momento*

* por todos os motivos e porque revi este fim-de-semana o Death Proof

Monday, August 27, 2007

a banda sonora da minha vida - parte 2



Na última feira do livro que houve aqui no Parque Eduardo 7 comprei, a 2,5€, um livro que me havia sido recomendado há já algum tempo: Middlesex de Jeffrey Eugenides. Esperei algum tempo até o começar a ler porque havia outros livros na fila de espera. E quando o começo a ler BANG!, não é que o livro tem tudo a ver!?
E agora quem conhece o livro pensa: o que é que o livro pode ter a ver com ele? Será que o caro coquette é um hermafrodita? Será ele grego? Será que ele se casou com a própria irmã? Será que o pai dele vende cachorros quentes? Não caros amigos ou lá o que sejam, nada disso. É que parte da acção passa-se na Turquia e os personagenas principais são gregos ou descendentes de gregos que habitavam na Turquia. Então as referências culturais são mais do que muitas. E eu li exactamente as partes mais referentes à cultura grega/turca durante a minha viagem na Turquia. E juro que não fazia ideia nenhuma. É engraçado ler sobre alimentação, sobre o clima, sobre as pessoas e estar a viver e a compreender isso tudo. E pronto, foi isto. Recomendo muito o livro, by the way.

Friday, August 24, 2007

Oh, escrevo palavras etéreas
Que desprendem de meus dedos
À luz do teu calor

São tantas e são imensas
Como o vento que corre na planície
(Oh, uma folha cai da árvore,
Momento bonito, uma lágrima escorre pela minha face)

A veia poética é exaltada
Pelo teu olhar inebriante
Ai não, não é uma veia
É só um caralho no meio das pernas

Wednesday, August 22, 2007

o salto

a sensação é a de dar um salto de pés juntos, amarrados. um salto alto com os pés junto ao rabo. de repende as coisas à volta ganham um arrasto, como nas fotografias de longa exposição. vou aterrar e o salto estará dado. agora é ver quem anda mais depressa, eu no ar ou o mundo no chão. seja como for: o salto está dado. E a música pode ser esta.



É uma sensação. Não vou partir as pernas nem nada.

Tuesday, August 21, 2007

afinal o que é que fica?

Esta é a história de um rapaz que não queria fazer 23 anos. Então não os fez. A história resume-se: terceiro filho que não era para existir, gritos, pessoas que vêm e vão, infância feliz infância infeliz, pessoas que vão, o coração do rapaz começa a gelar, o rapaz torna-se forte e ganha um equilibrio mental assente no desiquilibrio total, é inteligente, é perspicaz, engorda, o melhor aluno sempre, é preguiçoso, há muitos anos que não interessam a ninguém porque a vida deste rapaz desenrola-se igual à de tantos outros, faz a escola faculdade e tal, vai-se apaixonando, um dia encontra a "alma gémea", entretanto já vai fazendo teatro e outras macacadas, não quer fazer 23, no dia dos 23 percebe que afinal não há razões para os fazer e não os faz.

Monday, August 20, 2007

Thursday, August 02, 2007

Amiga Olga

Ai que isto tem tantas pérolas!
A amiga andava a comer o rapaz do coiso dourado, nao andava?
"Tomo conta de atrasados mentais!"
A CHAVE! A CHAVE!



Death Proof

Minha gente, o que é o novo filme do Tarantino??!!

GENIAL! Venero completamente o senhor. Mais uma vez surpreende, dentro daquele estilo que já conhecemos bem, mas surpreende. E as senhoras, quem são estas senhoras meu deus? E o Kurt Russel com os seus laivos de genialidade! Ao nível de Pulp Fiction e Kill Bill, sem dúvida. E a banda sonora mais uma vez é do melhor que há. Aqui ao lado já toca Chick habits das April March.



ok, este post pode ser um pouco tendencioso. Mas eu a-d-o-r-e-i mesmo!

Monday, July 30, 2007

É curiosa a forma como a vida se desenha*

Nas noites mais difíceis lá vou eu parar à mesma casa, dormir à mesma cama. E lá na televisão, ou ok, no computador, vejo a mesma pessoa - e tanto que eu gosto de a ver. Mas nada como ter as minhas pessoas comigo, ao meu lado, a rir comigo das desgraças da vida e a recordar noites de gelo.

Um "áparte": vejo os meus "mundos", que são os meus grupos de amigos, a desmoronar-se assim, ao mesmo tempo. E é triste.

* post inspired by narcisicamente

Thursday, July 26, 2007

a comida e o sexo/afecto

a maioria das pessoas tem com os doces, nomeadamente com o chocolate, uma relação inversamente proporcional ao sexo, ou se quiserem, ao afecto. Isto é, quando há sexo não há necessidade de chocolate, quando não há, venha o chocolate todo do mundo. São bens substitutos no fundo. Ora até aqui nada de novo.

Mas comigo é diferente. Parece que a vontade de comer doces (e quando falo em mim tenho que falar em gelados mais precisamente) desaparece quando o resto desaparece, e ao contrário também. Mas também já estive a pensar e se calhar a resposta é outra. Afinal, quem me compra gelados e coisas boas é quem?

Agora vou reflectir sobre a necessidade de me manterem gordo.

anoitece



e isto é o que me aptece trabalhar.

Tuesday, July 24, 2007

TOP NACIONAL



No meu local de trabalho alguém decidiu partilhar esta playlist.

Um rasgo de alegria nos dias cinzentos que me assolam.


a desgraça (aaah a desgraaaaaça!)

Diz que é preciso uma pessoa perder-se para se encontrar.

Pois não sei onde estou. E agora?

Friday, July 20, 2007

um ano

Faz hoje um ano fiz o meu último exame da licenciatura. Bem, na prática não fiz porque tive 9 e em Setembro lá estava de novo. Estava sol, calor, o exame foi às 15horas e correu bem (lol).

Tanta coisa que pode mudar num ano. E tanta coisa que mudou! Tanta coisa a acontecer, tanta gente a entrar e a sair. Muitas vitórias.

Não, não faço anos. Nem o exame me marcou assim tanto. Mas nesse dia apanhei um comboio. E aquilo que me marca para sempre é a pessoa que me esperava na estação. É o primeiro pensamento que tive. É o jantar, que francamente não era bom, mas que eu disse que gostei. É o que conversámos. É o que fizemos. É a companhia, o respeito, o apoio, a paixão, a compreensão, o amor dessa pessoa ao longo deste ano.

É um momento na Torre Eiffel.

Obrigado por tudo. Nunca irão conseguir inventar as palavras para dizer tudo o que gostava de te dizer.

Pode o mundo acabar amanhã, que este ano já é nosso.

Wednesday, July 18, 2007

E pronto e foi!



O Gelo em Fuga já arrancou. Há mais já no próximo Sábado!

Não sei quem sou hoje, mas foi muita bom!

Tuesday, July 17, 2007

PÂNICO



Oh Madalena... começa hoje!

Tuesday, July 10, 2007

22 not much longer

Começo a sentir as rugas no sangue. Não estou a ficar velho, nada disso. Estou a deixar de ser novo. Os putos chungas lá de Queluz já há muito que não olham para mim como uma hipótese de vítima de assalto. E há já quem me leve a sério. Ah, e já não tenho férias grandes.

Thursday, July 05, 2007

quase sete da manhã

tenho a cabeça fodida, o corpo fodido, a alma fodida, o coração fodido

só me resta o cu para ser fodido
(sim, tinha que ser ordinário)

resta-me a consolação de um fim-de-semana prolongado, mesmo que a sexta-feira seja a dormir.
e um trabalho (quiçá se isso consola) bem feito.

Tuesday, July 03, 2007

to me

you look like you're coming to save the world, but you only came to save your wedding.

Monday, July 02, 2007

porrada

tenho vontade de me encher de porrada. A ver se cresço.

Friday, June 29, 2007

no comboio hoje de manha (excerto)

O destino é mau. Os deus traiçoeiros gostam de brincar conosco. O fatalismo é surrealismo. O surrealismo é a verdade. A vida real não é um programa da MTV, é a vida real. As cordas de marionetas que nos movem criam demasiados nós.

Mas não rejeito nada do que fiz ou disse. Não deixo de acreditar, não deixo de amar, não deixo de foder, de me foder, de comer, de me comer, de beber. Talvez, ok, talvez deixe de sorrir. Mas reafirmo absolutamente tudo. E o livre-arbitrio também.

Thursday, June 28, 2007

Tuesday, June 26, 2007

o meu verdadeiro eu

Um cego com ar contemplador

Friday, June 22, 2007

3 semanas de atraso

não, não é o período. Esse vem sempre certinho, todos os meses.

É o fim-de-semana. Embarco agora para o fim-de-semana que deveria ter acontecido há três semanas.

"What's for you will not pass you by"

.

Sunday, June 17, 2007

sai dessa noite escura*

Hiper-perverso: é a unica forma de descrever a maneira como o meu sistema psiquico anda a trabalhar.
*ou: tu não te metas nesses filmes.

Thursday, June 14, 2007

E este ano...



eu e a Rossana (que teve, não hajam dúvidas, uma noite memorável)



reparem nos vários olhares demoníacos



o Diogo e a Rossana assumem a frente da banca, enquanto os membros do Há-que-dizê-lo vagueiam em segundo plano completamente perdidos



A última cerveja :)

Há-que-dizê-lo em força no Santo António!!!
Um grande obrigado à Rossana e ao Diogo e aos demais que foram incansáveis na ajuda que nos deram. O dinheirinho que fizemos há-de dar mais que não seja para um filtro de luz! Agora falta o projector...

Tuesday, June 12, 2007

ano passado foi assim


este ano, tenho medo.

Mais logo apareçam algures ao pé do Santiago Alquimista. Isto se conseguirmos lá chegar com o carro, se tivermos lugar e se não nos confiscarem o material. Se não, estaremos na mesma algures por lá!

Há Sangria e cerveja fresquinha! Tá fesquinha!

É o Há-que-dizê-lo no Santo António!

Friday, June 08, 2007

Faz hoje (agora) 8 dias que o mundo parece que desapareceu sob os meus pés.

Agora parece que tenho uma certeza ainda maior daquilo que quero mas também das fragilidades a isso associadas.

Lista das coisas que ajudam a que "isto" passe:
- álcool
- histórias do francisco
- sónia no Dança Comigo
- gulbenkian
- cortar o cabelo
- noobai
- sushi de manga
- passeio à beira rio
- chorar um dia inteiro
- Al Berto (pronto, lá teria que chegar a minha vez)
- sexo e sono (tem que vir no mesmo tópico)
- praia
- inventar novas receitas
- a sónia de novo no Dança Comigo a dançar com o Roberto Leal.

Tuesday, June 05, 2007

It is not dying*

* ou Surrender to the void

Monday, June 04, 2007

a banda sonora da minha vida

Muitos dos livros que leio fazem todo o sentido na altura em que os estou a ler. Por isso eu acho que a banda sonora da minha vida teria que ser feita de livros. Sempre achei Al Berto muito bonito (não o próprio, mas o que escreveu). Mas acho que só agora percebi. Achava-o demasiado violento e, de repente, percebo que a violência, a verdadeira, está toda dentro de nós. Foi difícil escolher um excerto para colocar aqui, mas aqui vai:

"é-me difícil continuar a escrever-te
o que me destrói - sei que estou fodido
e tu já não és meu

preparo-me para entreabrir os olhos e
deixar escorrer a convulsão oleosa das lágrimas
e das coisas tristes"

resposta a emile, Horto de Incêndio

instantâneos de coisas que morrem

Apteceu-me matar-te, enterrar-te e escrever-te uma carta. Depois destruir essa carta e com ela tudo o que sinto por ti.

Escrevi a carta mas agora peço desculpas a mim mesmo porque não tive coragem de a destruir. Porque não te matei porque não enterrei o teu corpo. Mas um dia vou-te entregar essa carta, ou enviar pelo correio, não interessa.

O dia em que tudo deixou de fazer sentido: 1 de Junho de 2007. Se fosse agora já sabia responder.

Thursday, May 31, 2007

tonight

- I feel like I've been here before.

But oh, forget... That's probably because I come here every day.

Tuesday, May 29, 2007

deadline

A verdade é um copo de água.
A verdade é um quarto de hotel vazio às escuras.
A verdade é uma mala na passadeira rolante do aeroporto.
A verdade é um projecto que nunca vai ser projectado.
A verdade é um projector que nunca vamos comprar porque é demasiado caro.
A verdade é que há um deadline que nunca vamos cumprir.

Apesar de todas as coisas bonitas que me acontecem, continuam a ferir-me com a verdade. Cravo os dedos com muita força na minha própria carne na esperança de que a dor me faça esquecer esta agonia emocional em que enterro a cabeça. Por deus, que agonia emocional? Quem quero eu enganar que não a mim mesmo? Esperança, digo eu? Sei lá o que isso é. Esgotei-me na dor física e a dor física esgotou-me muito antes de saber da esperança o suficiente sem falar dela com palavras ocas. A verdade é uma palavra oca, uma estátua derrubada, um e-mail que nunca recebi porque nunca mo enviaram.

O que vale é que continuam a haver coisas bonitas. Remédios. Leite com chocolate ao pequeno almoço. Pequeno almoço. Almofadas. E cabanas na praia.

Monday, May 28, 2007

Funerária Moreno&Silva

Ontem descobri finalmente o negócio que me vai deixar rico: uma agência funerária.

Já tenho sócio, nome e assinatura:

FUNERÁRIA MORENO&SILVA
Enterramo-lo todo!

Friday, May 25, 2007

O dia mais feliz.

O dia em que te sentiste frio por dentro.

O dia em que tudo deixou de fazer sentido.

O teu poeta preferido. Queres deixar alguma marca no mundo?

Quando quiseste beijar uma pessoa que não conhecias.

O dia em que te taparam todas as saídas.

O teu primeiro beijo.

O primeiro poema de amor.

Instantâneos da Morte começa com um improviso que é uma declaração mentirosa de quem somos, onde estamos, a fazer o que e com quem. E termina com uma resposta verdadeira que é o vir ao de cima de alguma memória. Em cada espectáculo recebemos um papel com uma frase como as de cima. No final do espectáculo lemos a frase e contamos as nossas memórias ao público.

Termina amanhã. Esgotado há já algum tempo.

Vai deixar saudades.

Monday, May 21, 2007

Não posso deixar de partilhar

"É um risco de uma coragem admirável um actor expor-se interiormente com tanta intensidade. E por isso, também por isso, Instantâneos da Morte ultrapassou em muito as barreiras invisíveis do teatro.

«Apesar de tudo o enterro foi bonito». Eles contam, não se arrependem, não confessam que o fizeram. O texto é irrepetível. Em última análise, estão vivos."

Vale a pena ler tudo aqui.

Thursday, May 17, 2007

nota biográfica

Ontem, o Vitor ia sendo atropelado por uma 4L.

Lá dentro, ao volante, este senhor

Wednesday, May 16, 2007

FATAL e o que realmente é importante

A Sónia disse no ensaio técnico do FATAL:
- Zé, só hoje me apercebi das saudades que vou ter quando este espectáculo acabar.

Ao que a Joana (a encenadora) respondeu:
- Até que enfim!

Depois dançámos. E vamos estar a dançar nos próximos dias

17, 18, 19, 24, 25 e 26 às 22 horas no Hospital Júlio de Matos.

O resto é morrer.

Pina Bausch Spoof by SamKendrey

Um pouco de arte, talvez.

Tuesday, May 08, 2007

momentos quentinhos e poéticos

O ensaio de ontem (para o espectáculo Instantâneos da Morte) foi "quentinho". Daqueles que duram mais tempo que o previsto e apetece continuar lá, a ouvir o Diogo, o Kiko, a Catarina e até eu a contar a história do primeiro beijo. A ouvir a carta que escreveram ao Tiago. A desenhar.

O Tiago atirava-se para morrer no Rio de Janeiro com o Há-que-dizê-lo, em fila na horizontal claro, e o Cristo Rei por trás. Não foi bem assim mas foi assim que eu vi e foi assim que foi poético.

Eu atirava-me para morrer num cemitério onde os mortos à noite faziam uma festa. Lá estavam enterrados os meus animais de estimação todos, o Há-que-dizê-lo mais suplementos, os meus amigos, mesmo aqueles que de certa forma já não o são, a minha família e, ao meu lado, o amor da minha vida.

Poético é também Scott Matthew que não me canso de ouvir.

Monday, May 07, 2007

The mood i'm not in today

"I dont care if the world is upside down, if you're lost or i'm found"

Upside Down, Scott Matthew
(from Shortbus OST)

Thursday, May 03, 2007

Instantâneos da Morte - estreou ontem

Prometo que depois vos digo onde poderão ver o espectáculo. Ontem e hoje é uma coisa à parte.

"O que é que levas na barriga, infanticida do caralho?"

Lip Dub - Flagpole Sitta by Harvey Danger






Lip Dub - Flagpole Sitta by Harvey Danger from amandalynferri

Vi isto no blog da maria (sei lá eu quem é a maria)e achei tao fixe que aqui está ele!

Thursday, April 26, 2007

Instantâneos da Morte - tá quase a estrear

Houve um dia em que fiz um desenho e outro dia em que me fizerem perguntas sobre esse desenho. Houve outro dia em que fui lá para fora correr. Até houve um dia em que chorei.

Há instantes que ficam cá dentro, nessa coisa perversa que é a memória, instantes que magoam. Às tantas já não sabemos o que é verdade ou não, o que é coisa da memória e o que é coisa da imaginação.

Houve também um dia em que apanhei o primeiro autocarro que me apareceu, mas não saí na paragem. O corpo ia dentro de um saco que tive que colocar ao meu colo. Escrevi uma carta que depois destruí e com a carta desapareceu também a minha vontade de matar. Mas eu lembro-me do que fiz e vou contar.

Friday, April 13, 2007

Ando meio sem tempo...


... mas acho importante dizer que dia 17 deste mês a Ben&Jerry's vai estar a dar gelados de borla.
(Ano passado aconteceu a 25 de Abril e eu bem que fui três vezes para a fila, não fosse eu um lambão)