em tempos, não muito longínquos, aprendi a ver a linguagem não-verbal como uma armadilha: uma coisa traiçoeira, que nos deixa dobrados à verdade e à realidade quando dela queremos escapar ou esconder. hoje aprendo a ver a linguagem verbal como uma armadilha também: dá aos outros terreno para nos atacar, para nos distorcer e pôr em causa. Porque é fácil fazê-lo. É fácil dizer que um sim é um não ou que um carro é uma carroça. mas aprendo também que podemos fazer a coisa ao contrário: podemos dizer o que queremos e depois dizer ao outro que ele é que não nos compreende.
easy
easy
5 comments:
É o jogo do mal-entendido. O jogo das palavras ambíguas e das respostas com multi-significados.
Já o joguei e perdi.
Agora a crueldade da verdade e o discurso directo e sem rodeios é a única coisa que procuro.
Sou perito em linguagem não-verbal. Só não consigo controlar a minha.
Resposta no meu blog.
ansiamos pelos gestos que sem palavra são compreendidos pelo outro, por aquele olhar que diz tudo...o pior é quando esse olhar diz o que não queremos ou mesmo diz o que nunca dissemos...mas a culpa pode ser sempre do outro, deve ser sempre do outro, isso torna tudo mais fácil mas não menos doloroso...
sim, sim. há sempre o problema de útilizarmos um discurso tal, que depois ficamos sem perceber se o outro queria dizer algo com aquilo, ou se, só o disse por dizer. no caso da primeira hipótese há sempre o perigo de não se entender o que é suposto. É a eterna questão, se queres dizer algo, de forma a que outro entenda claramente, di-lo objectivamente. Não percebo a cena de, ter algo a dizer a alguém e depois escolhe-se a forma mais abstrata para o fazer. Manias contemporânias...
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