Wednesday, February 25, 2009

ou

e plantamos o que semeamos

ou

como é verdade que somos nós quem faz a nossa própria sorte.

Monday, February 23, 2009

Carnaval

Quem fala assim merece ganhar oscars todos os anos



"I think that it is a good time for those who voted for the ban against gay marriage to sit and reflect and anticipate their great shame and the shame in their grandchildren’s eyes if they continue that way of support. We’ve got to have equal rights for everyone."

Sunday, February 22, 2009

O ser-se adulto.

Quando somos nós a levar o cão da nossa infância para abater.

Thursday, February 19, 2009

Tonight

Zoetrop, concerto de Micro Audio Waves coreografado por Rui Horta, na Culturgest

Wednesday, February 18, 2009

Foi ontem lançado o album DARK WAS THE NIGHT, uma compilação de 31 faixas cujos lucros revertem para a organização RED HOT, que se dedica a angariar fundos e sensibilizar para a problemática HIV/SIDA, através de cultura popular. Como a música. Este é o 20º ano da organização e o 20º album. 

Agora o melhor:
é produzido por elementos dos The National e, para além destes, conta com originais de Andrew Bird, Antony, Arcade Fire, Beach House, Beirut, Blond Readhead, Cat Power, Feist, Grizzly Bear, Iron & Wine, Jose Gonzalez, The New Pornographers,  Sufjan Stevens, Yeasayer e Yo La Tengo, entre outros. Ou seja, muitos dos meus favoritos.

Agora a parte menos bonita:
eu fiz download pirata. Mas já prometi que vou comprar o duplo cd ou o triplo vinyl (julgo que ainda não se encontra por cá) para que o meu dinheiro vá para onde deve ir com estas músicas. Também existe a hipótese de pagar o download, mas essa para mim já não faz grande sentido.
EU
UMA PLANTAÇÃO AUTÓCTONE

EU
NA HERDADE DO FREIXO EM MONTEMOR-O-NOVO

EU
VERIFICÁVEL DAQUI A 30 ANOS

EU
SER QUE SE AUTO ALIMENTA

EU
SER QUE SE ADAPTA

Tuesday, February 17, 2009

Monday, February 16, 2009

Foi um belo fim-de-semana de sol, não foi?


Happy-Go-Lucky, de Mike Leigh. 

Rachel Getting Married, Jonathan Demme. 

The Reader, Stephen Daldry.

Friday, February 13, 2009

O FACEBOOK

NÃO MENTE. 

ANTECIPA A VERDADE.

Wednesday, February 11, 2009

Está bem... façamos de conta


 Ontem

Façamos de conta que nada aconteceu no Freeport. Que não houve invulgaridades no processo de licenciamento e que despachos ministeriais a três dias do fim de um governo são coisa normal. Que não houve tios e primos a falar para sobrinhas e sobrinhos e a referir montantes de milhões (contos, libras, euros?). Façamos de conta que a Universidade que licenciou José Sócrates não está fechada no meio de um caso de polícia com arguidos e tudo.


Façamos de conta que José Sócrates sabe mesmo falar Inglês. Façamos de conta que é de aceitar a tese do professor Freitas do Amaral de que, pelo que sabe, no Freeport está tudo bem e é em termos quid juris irrepreensível. Façamos de conta que aceitamos o mestrado em Gestão com que na mesma entrevista Freitas do Amaral distinguiu o primeiro-ministro e façamos de conta que não é absurdo colocá-lo numa das "melhores posições no Mundo" para enfrentar a crise devido aos prodígios académicos que Freitas do Amaral lhe reconheceu. Façamos de conta que, como o afirma o professor Correia de Campos, tudo isto não passa de uma invenção dos média. Façamos de conta que o "Magalhães" é a sério e que nunca houve alunos/figurantes contratados para encenar acções de propaganda do Governo sobre a educação. Façamos de conta que a OCDE se pronunciou sobre a educação em Portugal considerando-a do melhor que há no Mundo. Façamos de conta que Jorge Coelho nunca disse que "quem se mete com o PS leva". Façamos de conta que Augusto Santos Silva nunca disse que do que gostava mesmo era de "malhar na Direita" (acho que Klaus Barbie disse o mesmo da Esquerda). Façamos de conta que o director do Sol não declarou que teve pressões e ameaças de represálias económicas se publicasse reportagens sobre o Freeport. Façamos de conta que o ministro da Presidência Pedro Silva Pereira não me telefonou a tentar saber por "onde é que eu ia começar" a entrevista que lhe fiz sobre o Freeport e não me voltou a telefonar pouco antes da entrevista a dizer que queria ser tratado por ministro e sem confianças de natureza pessoal. Façamos de conta que Edmundo Pedro não está preocupado com a "falta de liberdade". E Manuel Alegre também. Façamos de conta que não é infinitamente ridículo e perverso comparar o Caso Freeport ao Caso Dreyfus. Façamos de conta que não aconteceu nada com o professor Charrua e que não houve indagações da Polícia antes de manifestações legais de professores. Façamos de conta que é normal a sequência de entrevistas do Ministério Público e são normais e de boa prática democrática as declarações do procurador-geral da República. Façamos de conta que não há SIS. Façamos de conta que o presidente da República não chamou o PGR sobre o Freeport e quando disse que isto era assunto de Estado não queria dizer nada disso. Façamos de conta que esta democracia está a funcionar e votemos. Votemos, já que temos a valsa começada, e o nada há-de acabar-se como todas as coisas. Votemos Chaves, Mugabe, Castro, Eduardo dos Santos, Kabila ou o que quer que seja. Votemos por unanimidade porque de facto não interessa. A continuar assim, é só a fazer de conta que votamos.

Tuesday, February 10, 2009

Ele Escolhe o Melhor.

Alguém me explica quem é ELE?

Monday, February 09, 2009

Do Oscar


De Melhor Filme já só me falta ver o The Reader, que ainda não se estreou por cá. Gostei muito de Frost/Nixon e do Milk. Do Benjamin Button não tanto. Mas o que vi ontem - Slumdog Millionaire - é sem dúvida o meu favorito. Pela ideia, pela forma como o argumento foi trabalhado, e pela realização. Dizia o crítico do Ipsilon (aqui) que "Danny Boyle não conseguiu sentir mais do que o cheiro a merda. Cada um tem o nariz que tem."* Pois bem, seja então o Danny Boyle um senhor de visão e olfacto, porque o filme é alucinantemente bom.**


* e sobre isto ainda hei-de fazer um post quando tiver os 5 min que não tenho.
** falo por mim claro, que não tenho pretensões de vir a ser crítico de cinema :) .

Thursday, February 05, 2009

Ponte da Minha Dúvida






África Minha

Ontem fui ver "As Pontes de Madison County" à Cinemateca. Nunca tinha visto e a interpretação de Meryl Streep tirou-me o fôlego. Com a brilhante realização do cowboy Clint Eastwood, cheguei a esquecer-me de onde estava numa das cenas mais densas do filme - para quem conhece, a cena em que Francesca está no carro e tem a mão no maníbulo da porta.

Também há pouco tempo pude comprovar o talento extraordinário da actriz no filme "África Minha", que comprei em edição especial a um preço daqueles que gostamos (menos de 10€) na FNAC. 

Talvez por isto, hoje escolho ver o Dúvida em detrimento do Slumdog (que ficará para o fim-de-semana, claro).

Wednesday, February 04, 2009

DA CRISE

Acho que a so-called crise é uma coisa que começou na nossa cabeça. No medo que se instala pelo que supostamente está para vir, no medo de senhores de fato e gravata sentados em mesas de reunião com canetas de tinta permanente e blocos com o logotipo da companhia, senhores-galinhas medrosas que se borram quando ouvem palavras como accionistas, previsões e custos. Senhores que vão dar uma mija e logo lhes ocorrem as palavras cortes e despedimentos. Senhores-merda que nós mesmos ajudamos a construir com palavras de receio, com a nossa ignorância e preguiça em saber das coisas, com a nossa crença ingénua e burra nos media, os media-responsáveis, responsáveis por nos incautar esta coisa a que chamamos crise.

Começou na nossa cabeça, mas já não está só na nossa cabeça. Já se lhe sente o cheiro, já se apalpa, já nos atingiu em cheio. E mesmo no meio do coração. Porque é com muita pena que acabo de saber que a empresa para qual trabalho (ou presto serviços, é um termo mais adequado, sim, a empresa para a qual presto serviços) acabou de iniciar uma vaga de despedimentos. Desperdiçando assim algum do melhor talento que aqui existe. Talvez a única pessoa que considero que tem dois dedos de testa vai ter que ir embora porque o contrato acabou. Má sorte a dela. E má sorte a nossa que ficamos sem ela.

Eu cá estou, numa situação priveligiada que a principio me protege. Acho que neste "ano de sobrevivência", como lhe chamaram, tive sorte. O que não me impede de continuar sem perceber porque é que temos que ser atingidos pela falência de um sistema que sempre me pareceu irreal. Mais do que nunca continuo sem perceber como pode o nosso mundo civilizado funcionar com base em números virtuais e especulações.

Monday, February 02, 2009

Do Easy


A 1ª curta de Gus Van Sant.